A ética de Cristo

JOSÉ M. CASTILLO foi professor na Faculdade de Teologia de Granada(Espanha), na Universidade Gregoriana(Roma) e na Universidade Pontifícia Comillas(Madri). Atualmente é professor convidado na Universidade Centro-Americana(UCA) de El Salvador.
CAPITULO 1
A “ética desconcertante” que Jesus mostrou em sua época, vivemos muito forte até os dias de hoje indiscutivelmente.
Jesus fazia tudo ao contrário da sociedade judaica em relação aos marginalizados da época e até com relação às mulheres. Jesus uniu a mudança ao desconcerto, e precisamos radicalmente disso nos dias de hoje. Hoje os bons são os que estão dentro da igreja, os bons são os que dão o dízimo e os que ofertam, construímos castelos tão fortes e tão poderosos que agora está quase impossível de nós mesmo sair de dentro deles. Precisamos de mudança e de sermos mais uma vez desconcertados pela graça de Cristo.
Só teremos consciência que os que estão fora, os que são marginalizados como os drogados, as prostitutas, os menores infratores, e outros, fazem parte do projeto de Deus, quando conseguirmos abrir as portas das fortalezas tão fortemente criadas e sairmos em buscas desses tais que são taxados de mundanos. Enquanto não estiver dentro de nós a “mundanidade de Jesus” em nós isso vai ser impossível. A mundanidade Jesus não é estar dentro da igreja adorando e louvando, e quando sair fazer coisas que Deus desaprova, e sim estar na igreja cultuando a Deus, e quando sair e tiver a oportunidade de estar com esses “pecadores” ser a real luz do mundo e sal da terra, e não fazer como a maioria que é desprezá-los, e sim acolhe-los, ajuda-los, estar junto com mundo, mas sem se misturar com ele.
O desconcerto de Cristo nos chama a mudança, só quando somos desconcertados por ele, somos despertados para nos opormos a indiferença. Com a indiferença temos a consciência tranquila que as pessoas estão sofrendo e morrendo sem Cristo não é responsabilidade nossa. Nem muito menos coisas para eu fazer, eu estou muito bem no