A vulnerabilidade e a força do modelo nos anos 1980
Amado Luiz Cervo
Historia da Política Externa do Brasil
Durante a década de 1980 os governantes brasileiros eram João Figueiredo e Jose Sarney que tiveram como paradigma de PEB o desenvolvimento nacional que veio a evoluir para uma fase de crise e contradições, mas que manteve-se a preocupação quanto:
- as reservas de energia - a dependência energética do exterior constituiu em exemplo bem-sucedido de medidas de superação no qual, liberava-se, recursos da balança comercial, que poderiam destinar-se a investimentos produtivos, não fosse criado outro gargalo de estrangulamento com os serviços da divida externa;
- manteve-se também a independência e o universalismo da PEB - onde, a opinião publica brasileira, o pensamento político e as Forças Armadas consideraram arcaicos e ultrapassados o confronto bipolar, como estratégia de R.I. - a diplomacia brasileira buscou nos foros mundiais multilaterais denunciar, discordar, protestar e sugerir mudanças no Sistema Internacional condenando a intervenção dos EUA na América Central onde reforçou suas interpretações dizendo que a crise tem causa no atraso, que a ordem internacional tende a perpetuar, não haverá solução ideológica, a transferência do confronto bipolar (capitalismo x socialismo) para a região perturba a solução, esta vira pela via das negociações, mantidos os princípios de autodeterminação e não intervenção e atendidos os interesses dos países afetados, os esforços devem caber aos países latino-americanos, em especial aos grupos Contadora e Apoio e a paz será edificada sobre a cooperação internacional;
- apoiou os regimes de Angola e Moçambique, associou-se a Cuba e a U.S. e enquadrou as soluções para essas áreas na reforma da Ordem Internacional, segundo os parâmetros do dialogo Norte-Sul, o que veio a contribuir para a aproximação com a frente dos povos atrasados, criando as condições para iniciativas regionais no qual, na AL e o Caribe,