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A cidade é uma estrutura constituída por decisões e ações específicas, e estas resultam em dinâmicas que configuram um território construído, que é sujeito a leituras e reflexões. Observa – se que o urbano ao ser constituído como um tecido, e como uma urdidura, esta é composta por fios paralelos e espaçados regularmente em um conjunto, o que torna perceptível a configuração de um desenho urbano.
No último século, com a aceleração dos processos produtivos, estes constituídos em essência por métodos e procedimentos1, levaram a uma amplificação extremada como um todo, especialmente no aumento da velocidade e intensidade de construção/reconstrução que abarcou todo o território urbano. Amparadas por uma legislação, resultaram na construção de localidades tanto de modo formal e ou informal, e no caso desta última, com o aporte dos processos de deslocamentos humanos vide os processos migratórios, que agiram como indutores à necessidade da produção da moradia popular, da habitação, dos equipamentos e serviços urbanos, e estes estando conjugados de forma truncada às redes produtivas industriais.
“Ao longo do período fordista urbano, o mercado tinha um papel muito importante na produção das materialidades urbanas, porém, esse papel era mediado pelo Estado na definição das regras de uso do solo e nas características das materialidades urbanas [o urbanismo moderno quanto as decisões de gasto estatal em infra - estrutura e equipamentos urbanos]”. (ABRAMO, 2007: 25)
Em Campinas, o processo de urbanização acelerado via intensificação da industrialização pesada, ocorrido por volta dos anos 1950, foi intrinsicamente excludente, especialmente na indução de ações especificas que voltadas às necessidades escalares da produção, e esta por meio da aplicação de processos de melhoramentos, resultou em uma cidade configurada a apenas a uma parcela restrita da população (os detentores do capital produtivo), e que por outro