A volta por cima

A VOLTA POR CIMA
Quando Charlie Mae Knight foi designada superintendente do Distrito Escolar de Ravenswood, em East Palo Alto, era a 12ª superintendente em 10 anos. Encontrou um distrito em que 50% das escolas estavam fechadas e 98% das crianças apresentavam um desempenho escolar em apenas 1 ponto percentual da tabela de avaliação da Califórnia. O distrito tinha a taxa de receita mais baixa do estado. Havia baldes nas salas de aula para aparar as goteiras que caíam dos telhados decrépitos, os banheiros exalavam um odor nauseabundo, as organizações dos sem-teto ocupavam áreas das escolas e a ladroagem campeava. As ratazanas começavam a tomar conta das instalações. E como se isso não fosse um desafio suficiente, Knight teve de lutar contra uma ação judicial de 10 anos destinada a acabar com o distrito por causa de sua fraca qualidade de ensino e forçar a transferência das crianças para escolas fora da comunidade.
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Knight utilizou um processo de pequenas vitórias. Ela começou com medidas que estavam sob seu controle, que eram tangíveis, viáveis, e que manteriam as mudanças em curso. “é difícil entusiasmar alguém apenas com uma visão. Você deve mostrar alguma coisa acontecendo”, ela dizia.
Logo ela obteve o apoio de empresas e fundações comunitárias da região para conseguir os recursos necessários. O primeiro projeto que realizou foi a reforma da escola de Garden Oaks. Engenheiros voluntários da Raychem Corporation, situada nas proximidades, repararam a fiação elétrica e o sistema telefônico. A comunidade ajudou a pintar o prédio por dentro e por fora com materiais doados pelos comerciantes. Quando as espingardas de ar comprimido eliminaram a última das ratazanas e a reforma acabou, 350 voluntários e membros da comunidade