A volta por cima de carlos eduardo
A decisão em conjunto com a comissão técnica de ficar fora da partida contra o Campinense para aprimorar no Rio de Janeiro a forma física é apenas mais uma das atitudes tomadas por Carlos Eduardopara, enfim, apresentar um bom futebol com a camisa do Flamengo. Maior investimento do clube na temporada, o meia-atacante realizou oito partidas, apenas quatro como titular, e gerou desconfiança no torcedor. As más atuações, por sua vez, não se devem apenas a problemas de readaptação ao futebol brasileiro. Fato recorrente com outros atletas nos últimos anos, a noite carioca teve papel determinante na dificuldade para entrar em forma.
Contratado no início do ano, Carlos Eduardo não resistiu ao somatório de juventude - tem 25 anos - e a vasta opção de lazer do Rio de Janeiro. A tentação ficou ainda maior com a proximidade de um segurança particular indicado pelo presidente da escola de samba Beija-Flor, que passou a ser também seu guia e companheiro em incursões noturnas. De volta ao futebol após raras aparições pelo Rubin Kazan, da Rússia, Cadu já não se queixava mais dos problemas nos joelhos ou até mesmo de dores musculares, mas tinha nítida dificuldade para recuperar a forma física.
Neste período, demonstrou evidente cansaço, sendo substituído no intervalo dos dois clássicos contra o Botafogo sem conseguir mostrar a potência que marcou suas passagens por Grêmio e Hoffenheim. A par da situação, o departamento de futebol agiu sem alarde e convocou o meia-atacante para período de treinos em Pinheiral, entre as partidas contra Remo e Fluminense, para ter o jogador sob seus olhares, mesmo que ele não tivesse condição de jogo por conta de um problema na coxa direita.
Já na reserva e sofrendo com a pressão dos torcedores - apesar de ainda ter o apoio da diretoria -, Carlos Eduardo começou a mudar seus hábitos cariocas a partir da visita de amigos do Rio Grande do Sul, há cerca de um mês. Preocupado com os exageros extracampo,