A virtude da prudência

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A virtude da Prudência
A prudência faz parte das quatro virtudes cardeais da Antiguidade e da Idade Média, é a condição das demais virtudes assim como polidez é a origem e a fidelidade é o princípio.
A prudência é sim uma virtude (virtudes são hábitos, adquiridos disciplinadamente, que predispõe as pessoas para agir bem) porém alguns modernos contestam isso como Kant que já não via nela uma virtude dizia: " é apenas amor a si esclarecido ou hábil, explicava, não condenável, decerto, mas sem valor moral e sem outras prescrições que não sejam hipotéticas " . Já Max Weber chamou de "ética da responsabilidade", o que tem de prevalecer sobre a "ética da convicção”. A prudência é o bom senso que nos diz: O melhor é mentir para á Gestapo do que lhe entregar um judeu ou um resistente. A ética da responsabilidade quer que respondamos não apenas por nossas intenções ou nossos princípios, mas também pelas consequências de nossos atos, tanto quanto possamos prevê-las.
A prudência também é considerada uma ciência pelos Estóicos “a ciência das coisas a fazer e não fazer " diziam eles. Já Aristóteles discordava completamente disso, dizia: “pois só há ciência do necessário e prudência do contingente". A prudência supõe a incerteza, o risco, o acaso, o desconhecido. Um Deus não a necessitaria, mas como um homem poderia presidir sem ela? A prudência não é uma ciência, ela é o que faz as suas vezes quando a ciência falta.
Epicuro talvez diga o essencial: a prudência, que escolhe pela “comparação e pelo exame das vantagens e desvantagens” os desejos que convém satisfazer e os meios para satisfazê-los, é “mais preciosa até que a filosofia” e é dela que “provêm todas as outras virtudes”. Que importa o verdadeiro, se não sabemos viver? Que importa a justiça, se somos incapazes de agir justamente? E por que iríamos querê-la, se ela não nos trouxesse nada? A prudência é como um saber-viver real. O homem prudente é atento, não apenas ao que acontece, mas ao que pode

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