Resumo de Virtudes e Vícios em Aristóteles e Tomás de Aquino: Oposição e Prudência
Departamento de Ciências Humanas e Filosofia
Ética Profissional
Resumo de Virtudes e Vícios em Aristóteles e
Tomás de Aquino: Oposição e Prudência
A obra de Aristóteles é centrada na teologia, como um foco do bem supremo, à qual toda ação humana deve visar. Por tanto podemos considerar a Ética aristotélica como um meio para alcançar o bem, mas por ser imperfeito, deve o homem sempre tentar aperfeiçoar seus atos em busca da virtude, pois esta "constitui a raiz donde decola a ação conforme o bem, o prazer é o seu acompanhamento natural e a prosperidade a sua condição prévia normal” (Ross, 1987). Mas o que esta virtude? Temos duas definições na obra de Aristóteles: “virtude intelectual, que tem como objeto o saber e a contemplação, e a virtude moral, que tem como objeto os atos da vida prática” (Silva, 1998). Ambas são adquiridas pela prática, pois não é parte instintual do homem, e para alcançá-las precisa-se seguir o da moderação, afinal, qualquer ação quando em falta ou excesso, torna-se um vício. Aristóteles, também apresenta em sua obra uma série de conceitos de dualidade e contrariedade, sendo este último o máximo da contradição. “Máximo, diz Aristóteles, é aquele que não pode ser superado e perfeito é aquele que é completo, ou seja, além do qual não se pode conceber mais nada” (Silva, 1998).
Em um dos livros podemos encontrar uma relação entre virtude e contrariedade, sendo a primeira o meio-termo da ação – mesmo que não esteja posicionada exatamente entre os vícios, pois pende ora para o excesso, ora para a precariedade –, enquanto a última é seu extremo. Para a virtude é necessário saber o ponto ideal da ação, no qual prudentemente faríamos uma escolha, pela qual não estaríamos prejudicando a nós mesmo ou a outros, pois a moral aristotélica gira em torno justamente de saber como escolher sabiamente um “meio ideal”. Um conceito forte de Aristóteles é a prudência, pois ela como uma das quatro “virtudes