Prudencia em Aristóteles
FACULDADE DE FILOSOFIA
GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
Oficina Monográfica I - Prof. Martina Korelc
Aluno: Sidney Carvalho Vilela
Resumo
O objetivo deste trabalho é apresentar a prudência conforme os conceitos aristotélicos, expresso na obra de Aristóteles, “Ética a Nicomaque”. Ainda que a concepção contemporânea de prudência seja oposta à de Aristóteles na medida em que a vemos como uma disposição excessiva de cautela, observamos que o princípio tem origem nos pensamentos aristotélicos.
A prudência em Aristóteles, é compreendida como uma virtude, uma vez que o prudente é aquele que delibera bem. Na medida em que a razão que opera no interior das virtudes morais nos leva a um fim, ou seja, a eudaimonia (felicidade). Aristóteles afirma que, no que concerne à eudaimonia como fim último das nossas ações, a virtude moral é a responsável pela aquisição de uma concepção certa e do desejo reto por este fim, e a prudência e o caminho, e com ela que as virtudes aperfeiçoam, ela é considerada por Aristóteles a mãe das virtudes.
Assim esse trabalho sintetizado, busca apresentar o papel que a prudência desempenha na obra de Aristóteles, visando a eudaimonia.
A prudência aristotélica na Ética a Nicômacos.
Compreender o significado da prudência aristotélica significa aventurar-se em seu pensamento, é preciso, antes de tudo, entender os movimentos que o pensamento Aristóteles faz na construção de seus conceitos fundamentais, em especial os relativos ao seu pensamento ético.
Aristóteles, em toda sua obra, é muito sistemático, o que gera dificuldades entre seus estudiosos de compreensão de seu conceitos fundamentais, mas a ideia fundamental da ética aristotélica está contida no primeiro capítulo de seu livro “Ética a Nicômacos”.
“Mas como há muitas atividades, artes e ciências, suas finalidades também são muitas; a finalidade da medicina é a saúde, a da construção naval é a nau, a da estratégia é a