A Vila

A Vila Sob medo, crenças, dogmas e proteção excessiva , o filme A Vila, nos remete de uma forma apreensiva e conturbante, o modo de sobrevivência de um grupo de pessoas. Entes queridos, familiares foram vitimas de tragédias e violências, levando tal grupo a se isolarem completamente da sociedade, de outros meios de viver e conviver. Cansados de tantas desgraças, tomaram a ideia de se recolherem, resguardar em um vilarejo, perto de uma floresta, afastados da cidade. Assim teriam certeza que protegeriam e guardariam os seus, criando um novo modo de se viver, sem tristezas, percas e choros constantes. Mas para que tal harmonia fosse possível, criou-se uma história meramente fictícia, apenas para que todos do grupo através do MEDO, permanecessem dentro deste circulo. O objetivo era alcançado, colocando terror entre aqueles que viviam na ignorância. Criar um mundo fechado, só deles, com monstros de ilusão, talvez seria a forma mais eficaz e prazerosa do que encarar de fato os monstros propriamente ditos do mundo real (violência, estupros, tribulações..). Engana-se a si próprio aquele que acredita viver isoladamente, impossível, existe uma necessidade humana de viver entre pessoas, há diferentes indivíduos, cada um com seu modo de ser e de pensar. Isolar-se da realidade, da vida, não ajudará em nada o crescimento, o convívio daqueles que estão por vi. Pelo que observei e compreendi do filme, o mesmo nos retrata uma historia da qual o passado se faz presente, do qual se dá para contextualizar com os dias atuais. Usar o medo, criar histórias, crenças, até mesmo religiosas não seria uma forma de prender os indivíduos em uma sociedade só sua, sem voz de expressão, sem liberdade de escolhas, sem o poder de ir e vir quando quiser? Religião, Politica, cada qual não poderiam ser comparadas com esse vilarejo, usando de seus anciãos e pregando conforme suas verdades, não a verdade como um todo? Vamos deixar que o amor lidere, ao invés de seguir. Vejamos luz aonde