A Vila
O filme retrata o medo pelo desconhecido e o estabelecimento de defesas internas que as pessoas criam para perpetuar um sentimento de “segurança”. Podemos perceber que o filme mostra como os personagens se isolam em um mundo de “fantasia”.
Percebemos que há uma tentativa de “fuga” do mundo real, onde barreiras são formadas como forma de se estabelecer a ordem nesse mundo do inconsciente. Essas barreiras são simbolizadas pelas florestas em redor da vila, pela instalação do medo do desconhecido, das criaturas descritas como “Aqueles de quem não mencionamos”.
No filme as pessoas vivem experiências traumáticas, isto as fazem terem desconfianças a tudo que consideram diferente. Levando-as assim a continuar com a mesma rotina de geração em geração.
Para que não saíssem de lá e se deparassem com a realidade do mundo foi criada a "lenda" de que existiam monstros na fronteira da vila. Esses monstros teriam a função de estabelecer o equilíbrio e manutenção daquela realidade imposta às pessoas que lá viviam.
Assim essas não sairiam da vila e permaneceriam isoladas da sociedade. Trata-se da realidade imposta às pessoas, da manipulação de poucos sobre a maioria, do isolamento, e também, por outro lado, do descontentamento com a sociedade (o que acontece com os fundadores da Vila) e da vontade humana de evadir para um "mundo" sem dor, sem problemas e sofrimento. Outro ponto importante é o uso do medo como artifício para a manutenção de uma sociedade.
Tudo isso muda quando um jovem inteligente e corajoso chamado Lucius pede permissão aos anciões para ultrapassar os limites da floresta e ir até as cidades em busca de medicamentos e enfrentar mesmo assim as criaturas perigosas que supostamente habitam o bosque. Os anciões é claro que não permitem, pois temem pela reação de Lucius ao saber de toda a verdade que eles escondiam.
Porém Lucius acaba sendo ferido por Noah Percy e fica entre a vida e a morte o que leva a jovem apaixonada Ivy Walker (uma cega que não pode