Hoje digo que você tem noção sim: é tão recíproco quanto lindo! Isso tudo é tão novo, tão inocente, tão inexperiente que às vezes dá medo. Mas só às vezes, porque quando vejo seu olhar de desejo e de pura entrega eu me rendo a esse amor. Saber da sua dependência, do seu ciúme e da sua agonia ao não poder me ter por perto é confortante pelo fato de ratificar que não sou a única nessa. Nunca fui né? Queria mudar muita coisa, muita mesmo. Tornar esse amor mais real, mais possível sabe? Vai ver que a dificuldade é o que fortalece, não sei. Tenho certeza de poucas coisas na minha vida, mas é impossível não decifrar o que meu corpo pede ao pensar em você. Teu cheiro, teu cabelo, tua mão, teu pescoço, teu toque, teu abraço e a espera do teu beijo… me fazem flutuar por algum tempo. Não é exagero dizer que queria morar entre seus braços. Esse amor forte, intenso, complexo é o que me sustenta. Não vejo problema maior que a distância da minha bebê. Minha felicidade, minha disposição e minha vontade de viver e de crescer são produtos do que esse sentimento fez comigo. Me julgava experiente, pensava que uma pessoa se apaixona por quem quer, e que se o amor batesse em minha porta eu diria “sim” ou “não”. Ridículo! Disse “não” pra essa loucura milhares de vezes e sabe o que aconteceu? Aumentou. “Não, isso nunca vai dar certo. É amizade, pare com isso!” Não adiantou, mas esse pensamento estava completamente errado. Não era amizade. Foi no primeiro mês, e depois? Amor. E a gente negando o que tava óbvio demais. Mas somos adolescentes, duas meninas, totalmente despreparadas pra enfrentar algo desse tamanho. Certo, fugimos disso por algum tempo. Menos ligações, mensagens, menos declarações. Sim, e ai? Sabe o que aconteceu? Aumentou. O despertador toca e antes que abra o olho é em você que eu penso, isso é demais pra mim. Mas o que devíamos fazer? Parar de se falar por algum tempo e sofrer? Porque eu sei que acabar não vai, pelo menos não agora. Continuo a mesma menina que descobriu