a vida
Nesse sentido, não importaria perguntar, definitivamente, se a vida necessita ter um sentido e um significado "em si mesma"?
Se necessita, então o que é a vida em si? O que é o si da vida? Se, por outro lado, decidirmos que a vida não carrega consigo um sentido e um significado em si mesma, e que ela não é algo em si, mas uma realidade dialógica constituída pela triunidade "ser-existência-vida", então podemos aventurar, ainda que perplexos pelo seu misterioso ser, que o sentido e o significado da vida enredam-se existencialmente pelas condições objetivamente postas pela processualidade histórica (Marx), que condicionam a realidade do indivíduo/sujeito intérprete e interpretado, portanto no tempo e no espaço sócio-cultural imanentes à finitude do ser e ao mesmo tempo transcendentes à finitude que a si mesmo interroga-se dada a consciência humana.
Abç
Em sendo a BIOLOGIA o ramo das Ciências que estuda os seres vivos, seria de se esperar que a definição de VIDA – o objeto final de estudo do campo – fosse um pré-requisito para todas as pesquisas da área.
Não é, contudo, exatamente o que ocorre. Não existe uma definição universalmente aceita pelos biólogos do que seja VIDA, ainda assim eles não hesitam em estudá-la: e até mesmo em procurá-la em outros cantos do universo. Mas como estudar algo que não se sabe o que é?
Pode parecer um tanto paradoxal – e, de fato, não deixa de ser – porém, de outro lado, estuda-se algo justamente para se descobrir o que o objeto estudado é (quais as suas características, o que faz, como surgiu, do que é feito, etc.). Além disso, independentemente de uma definição precisa, sabemos desde criança que um cavalo é um ser vivo, mas um livro não – assim, os biólogos podem contornar, ao menos