a vida é dificil pra quem mora no edificio
A partir dos anos 90, as indústrias da Zona Franca de Manaus, de forma diferenciada entre elas, passaram a adotar alguns princípios da fábrica enxuta disseminados pelos princípios do toyotismo de produção, ou seja, produção com menor custo de trabalho. Esse processo decorre da introdução de novas tecnologias e modificações na organização e nas mudanças da gestão da mão-de-obra, já analisados por Nogueira (1998) e Valle (2000). Pode-se dizer, portanto que as indústrias da Zona Franca de Manaus experimentam uma nova era configurada pelas
“transformações no processo produtivo por meio das novas formas de acumulação flexível, do dowsizing, da reengenharia, do lean prodution, da qualidade total”
(ANTUNES, 2000, p. 135).
As empresas do Distrito Industrial, de acordo com a análise de Nogueira passam adotar o processo de automação nas linhas de montagem utilizando-se das máquinas de inserção automática que foram responsáveis pela redução brusca da força de trabalho, especialmente, às do pólo eletroeletrônico como vimos acima. A pesquisa da referida autora mostra que “cada máquina de inserção automática elimina em média 100 postos de trabalho com a vantagem de eliminação de erros e aumento da produtividade” (1998, p. 126). Anteriormente, a inserção de novas tecnologias no processo de produção de produtos eletroeletrônicos era feita manualmente pelos montadores e montadoras em número expressivo nas linhas de montagem. Entretanto, de acordo com as informações coletadas por Nogueira, a qualidade do produto não atendia às exigências da competitividade internacional. Com a adoção da máquina de inserção automática no chão da fábrica assegurou-se a rapidez e a segurança, uma vez que esta máquina é programada para tal. Essas máquinas, segundo o estudo da autora acima, produzem em uma hora o que antes uma linha de produção levava em média dois dias de trabalho. Além disso, elas garantem a possibilidade de não
haver