a vida vivida
Terceiro ano do Ensino Médio Politécnico
Trabalho de Literatura
Nome: Andressa Freitas
Turma: 305
Alegrete, 12 de novembro de 2014.
A geração de 45 e a poesia contemporânea
Em setembro de 1977 realizou-se em São Paulo um nomeado I Encontro com a Literatura Brasileira e coube ao poeta e também professor de literatura Affonso Romano de Sant´Anna discorrer sobre o tema "Poesia Brasileira Contemporânea". Nessa exposição, disse ele: "Em torno de 45 surge a chamada Geração 45 com um programa oposto ao de 1922, tentando um caminho "universalizante" e uma volta ao verso sério e literário. Essa geração, ainda que relativamente discutida, foi muito mais acusada do que estudada. Mesmo assim é uma data mais precisa e conhecida de muitos que 1956, em geral identificada (erroneamente) apenas como ano do surgimento (oficial) do Concretismo" (...) "A Geração de 45, utilizando-se de formas clássicas (sonetos, odes, canções, rondós, romances etc.) optou por uma "internacionalização" valorizando Lorca, Rilke, Eliot, Pessoa, Eluard, Valéry. A poesia volta a ser um "canto". Há um exercício vocabular erudito e a busca de um intimismo neo-romântíco e neo-simbolista. No entanto, é curioso assinalar que por 45, necessariamente, passaram tanto os poetas de 22 — que aessa altura desativaram a "pesquisa" em favor da "forma" — quanto os de 56, que tiveram no estilo de 45 seus primeiros versos ensaiados." A afirmativa de Romano de Sant´Anna, diga-se de passagem, é absolutamente insuspeita, porque ele não é um poeta "afinado" com 45, o que valoriza a sua colocação, aliás muito lúcida. A verdade é que por 45 continuam a passar ainda muitos e bons poetas de nossa atualidade literária, donde ter eu declarado, como debatedor do tema naquele Encontro, que a Geração de 45 é uma geração "in progress" — frase depois aproveitada por um crítico peruano (Manuel