Para compreender o filme 1492, A Conquista do Paraíso é necessário antes entender as transformações que aconteciam na Europa ao final da idade média, durante a transição do feudalismo ao capitalismo, pois só assim é possível ter um entendimento dos acontecimentos produzidos no filme 1492. No filme será evidenciado de forma clara a existência de dois motivos que impulsionaram a colonização do Novo Mundo: a força da igreja e a de força maior que era a de força econômica. O motivo de força econômica se dará pelo motivo de que a Espanha precisava de ouro e prata e com a descoberta do novo mundo se vê seduzida a fazer a exploração das novas terras descobertas por Colombo, pois através dessa descoberta atenderia as necessidades de ampliação dos mercados europeus afetados pela crise atendendo principalmente as necessidades da Espanha, recém-saída do processo de reconquista, já que nesse período um dos princípios do mercantilismo era o metalismo, que consistia em acumular metais preciosos como o ouro e a prata. A viagem de Colombo constitui-se num dos principais acontecimentos no que diz respeito a passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Ficando conhecido esse evento como expansão ultramarina, que leva Portugal e Espanha gerados pelo poder e ganância a buscar por novas rotas comerciais para expandir seus negócios. Assim sendo, a Espanha torna-se mais tarde uma potência econômica com grande quantidade de ouro e prata. Outro fator será a força da igreja católica que influenciava os reis católicos da Espanha a introduzir o catolicismo com a ajuda dos jesuítas, que vinham juntos com os colonos para catequizar os índios com a intenção de convertê-los a cultura e aos costumes dos europeus. No filme é mostrado um contato amistoso em que Colombo faz uma aproximação não violenta, mas sim cordial com os nativos, de forma que os índios recebem os espanhóis com certa alegria. Colombo irá descrever em suas cartas que os nativos andavam nus e descobertos, escrevendo que