A vez das gigantes
O movimento recente da Santista com sua fusão com a Tavex é reflexo de uma tendência mundial, isoladamente, as duas empresas já possuíam um peso considerável no cenário internacional, juntas, as duas companhias devem se transformar numa multinacional gigantesca, com 12 fábricas, faturamento anual de 1,4 bilhão de reais e controle de 15% do mercado mundial de denim. Com a rápida expansão de empresas de países em desenvolvimento e a abertura dos mercados, boas empresas de países em desenvolvimento passaram a ser alvo prioritário de aquisições por parte das grandes multinacionais do mundo desenvolvido.
Levantamento feito pelo banco de investimentos Dealogic com exclusividade para EXAME dimensionou o avanço do fenômeno. Segundo o trabalho, nos últimos cinco anos o volume das transações envolvendo fusões e aquisições protagonizadas por empresas de países emergentes quase quadruplicou, chegando ao total de 121 bilhões de dólares em 2005. "As fusões e aquisições são a forma mais comum de expansão dessas empresas", diz Yongjiang Shi, diretor do Centro Internacional de Manufaturas da Universidade de Cambridge.
A globalização foi o fenômeno que mudou completamente as perspectivas das multinacionais nos últimos tempos. Num mundo de negócios cada vez mais internacionalizado, o sucesso ou o fracasso de uma empresa deixou de ser determinado pelo desempenho econômico do país de origem.
No caso das gigantes do mundo emergente, o esforço necessário para crescer em regiões atrasadas acaba se transformando em diferencial competitivo quando essas companhias decidem estender seus tentáculos na Europa e nos Estados Unidos", afirma Heinz-Peter Elstrodt. São empresas acostumadas a administrar problemas como complicadas redes de distribuição, infra-estrutura precária, mercado consumidor de baixo poder aquisitivo e um cipoal de regulamentações.
Além do enorme desafio que é expandir os negócios nas mais variadas fronteiras, os empresários de países em