A verdadeira moral zomba da moral
A análise dos fatos morais nos coloca diante de dois pólos contraditórios:
o caráter social da moral
• Individualismo
• Tirania da intimidade • Dogmatismo
• Legalismo
• norma estabelecida
• regulamentos
• valores dados e não discutidos
a intimidade do sujeito
• Vivência moral empobrecida • Farisaísmo
Medo às conseqüências as não-observância da lei
à pretensão à hipocrisia
Amoralismo, ausência de princípios “con-vive”
É preciso considerar os dois pólos contraditórios do pessoal e do social numa relação dialética, ou seja, numa relação que estabeleça o tempo todo a implicação recíproca entre determinismo e liberdade, entre adaptação e desadaptação à norma, aceitação e recusa da interdição.
O aspecto social deve ser considerado sob dois pontos de vista
Em primeiro lugar, significa apenas a herança dos valores do grupo, mas, depois de passar pelo crivo da dimensão pessoal, o social readquire a perspectiva humana e madura que destaca a ênfase na intersubjetividade essencial da moral.
Quando criamos valores, não o fazemos para nós mesmos, mas enquanto seres sociais que se relacionam com os outros.
moralismo
Isto não deve ser interpretado como defesa do relativismo em que todas as formas de conduta são aceitas indistintamente. “Os direitos do homem, tais como em geral têm sido enunciados a partir do século XX, estipulam condições mínimas do exercício da moralidade.
Por certo, cada um não deixará de aferrar-se à sua moral; deve, entretanto, aprender a conviver com outras [morais], reconhecer a unilateralidade de seu ponto de vista..
E com isto está obedecendo à sua própria moral de uma maneira especialíssima, tomando os imperativos categóricos dela como um momento particular do exercício humano de julgar moralmente.
Desse modo, a moral do bandido e do ladrão tornam-se repreensíveis do ponto de vista da moralidade pública, pois violam o