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CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA DO ESTADO

I – Sociedade

a) Sociabilidade Humana

a1. Aspectos Gerais

Segundo a teoria da sociedade natural, que possui mais adeptos, a própria constituição física do homem revela que ele foi programado para conviver e se completar com outro homem. Como decorrência natural da união a outro ser de sexo oposto faz surgir a prole. Este pequeno grupo, ligado pelos sentimentos materiais e afetivos tende a propagar-se em cadeia, com a formação de um grande grupo social.

Outras necessidades, como conjugação de forças, seja para suprir necessidades, seja para proteção, fez surgir o agrupamento social. Além disso, é importante considerar que a existência desse impulso associativo natural não elimina a participação da vontade humana, pois o homem, entre todos os animais, é o único que possui a razão, o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto. Os irracionais, por sua vez, reúnem-se por instintos e nunca há qualquer aperfeiçoamento.

Daí se extrai a idéia de Aristóteles de que “o homem é naturalmente um animal político”, não é capaz de viver sozinho (fenômeno da sociabilidade humana).

Mesmo o exemplo clássico de Robison Crusoé serve para reflexão que, durante algum tempo, bem como se utilizando de instrumentos achados na embarcação, ele conseguiu sobreviver isolado em uma ilha. Importante observar dois aspectos relevantes. Numa primeira análise, o personagem fictício dispunha de conhecimentos alcançados em sociedade que o ajudaram naquela emergência.
Outro aspecto importante, é que se ocupou desenvolvendo um trabalho social, caracterizado pela dinâmica de sua vida social.
Em resumo, só na convivência e com a cooperação dos semelhantes, o homem pode beneficiar-se das energias, dos conhecimentos, da produção e da experiência dos outros, acumuladas através de gerações, obtendo assim os meios necessários para que possa atingir os fins de sua existência, desenvolvendo todo o seu potencial de