A Verdadeira Arte de Pensar
Priscila Guedes Buares
(graduanda em Letras, Iniciação Científica, UFRJ)
Resumo: Neste trabalho, procuramos observar a verdadeira essência da Literatura no seu interpretar, não levando em consideração gêneros literários, estilos e definições que, ao decorrer deste estudo, são postos como destruidores da arte poética. Relacionamos também a Literatura com a filosofia, o que, nos dias atuais, não vem sendo feito, promovendo, desde já – e com esperança para os dias atuais –, o inter-fazer entre o filosófico e o literário, e não mais a redução do poético às delimitações impostas pela cultura do suporte.
Uma homenagem aos professores
Antônio Jardim e Manuel Antônio de
Castro, completos mestres da filosofia nos dias atuais.
Quando estudamos Literatura, logo nos vêm à mente expressões como “escolas literárias”, “gêneros literários”, “análises”, “definições”, “vida e obra do autor”... a verdadeira morte, o verdadeiro massacre do poema. Mas, quando abrimos os olhos e, principalmente, os ouvidos para tudo o que está no poema, e o que ele nos diz, através da fala das Musas, observamos que o poema caminha num sentido totalmente diferente ao colocado e ordenado pela análise, pelo sistemático.
Isso nos leva a pensar; não pensar o que aconteceu na época em que foi escrito o poema, o que o autor estava sentindo, que situação ele estava passando para escrever tal poema (será que ele estava doente? Chateado? À beira do suicídio? Apaixonado?), mas a pensar a verdadeira essência do texto literário e poético; questões como o Tempo, por exemplo, que já foi pensado e discutido desde sempre e que hoje pode e deve voltar a ser discutido, pois a vida depende dessa e de outras questões, o mundo depende dessas questões, a poesia e, fundamentalmente, a sociedade, “alienada” pelo sistema que é imposto como método “certo” e “único” para o viver e o pensar das pessoas.
Assim, passamos a observar esse lado questionador que