A verdade
Sanzio. Este afresco, que orna uma das paredes do Vaticano, representa o retorno à cultura Greco-latina, incentivado no Renascimento. Vários filósofos e cientistas de épocas diferentes estão reunidos na pintura, tendo ao centro
Platão - que aponta para cima, como se indicasse o mundo das ideias, enquanto seu realista discípulo Aristóteles aponta para baixo, como se indicasse o mundo legível. À esquerda, de bege, Sócrates dialoga com
Xenofontes (de uniforme militar), Équines e Alcibíades. Abaixo, a filósofa
Hipátia de Alexandria e Parmênides de Eleia. Solitário, sentado na escada,
Heráclito escreve. Na mesma direção, à direita, Euclides, rodeado por discípulos, demonstra um teorema, com um compasso. Ainda à direita, mais para cima, Ptolomeu, de costas, segura um globo terrestre. Inúmeros outros personagens podem ser identificados: Zeno de Eleia, Pitágoras, Epicuro e até o próprio Rafael.
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A verdade e a filosofia: Existem verdades absolutas ou somente verdade relativas?
A verdade significa, em grego, Alethéia ( Os gregos acreditavam que a realidade está encoberta por uma espécie de manto. Busca a verdade aquele que descobre, tira o manto que cobre a realidade). Portanto, Alethéia, significa o não coberto, o não velado e o oculto. A verdade é o descoberto, o desvelado e o não oculto.
Para estudar a verdade, devemos voltar à Grécia Antiga. Os filósofos perguntam “Como conhecemos?”. Obtemos 5 respostas:
- Pré-Socráticos: Os filósofos pré-socráticos chegaram a respostas, e entre elas, as principais são de Heráclito e de Parmênides:
* Heráclito: Este filósofo diz que tudo flui, o ser é múltiplo, constituído de oposições internas. Diz que nunca é possível banhar-se em um mesmo rio duas vezes. Se baseia nos sentidos para afirmar tais coisas.
* Parmênides: Conclui que o ser é único, imutável, infinito e imóvel.
Mas é impossível negar o movimento, então, ele