a verdade
Disciplina: Análise de Texto
Tutor: Fabrício Augusto Gomes
Aluno: José Nunes Paez de Proença
Pontuação: 10 de 40.
Atividade Avaliativa 1.1
Na o primeiro capítulo do módulo, há a seguinte afirmação: “Para além da linguística textual, podemos discutir os conceitos de coesão e, sobretudo, o de coerência no âmbito da textualidade puramente literária, por exemplo, na construção de uma narrativa”. A partir da leitura da unidade I, leia o poema abaixo para responder à questão que se segue:
ANALISE O POEMA ABAIXO, DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE:
A porta da verdade estava aberta mas só deixava passar meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade, porque a meia pessoa que entrava só conseguia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso onde a verdade esplendia os seus fogos.
Era dividida em duas metades diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era perfeitamente bela.
E era preciso optar. Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
Questão 01 – Interprete o poema e desenvolva uma análise explicando de que forma a progressão das ideias estabelece a coerência textual? Justifique a resposta, apontando e exemplificando os recursos semânticos, estilísticos e sintáticos presentes no poema.
Resposta:
O poema aborda a questão da verdade, ou melhor, da meia verdade. Quando a porta foi derrubada e chegaram ao lugar luminoso, a verdade estava dividida em duas metades diferentes. O que, na minha interpretação, significa que o autor, utilizando-se de recurso estilístico, nos diz que não há verdade absoluta ou única. Dessa forma o autor toma acento ao lado de um significativo número de filósofos para quem “A filosofia busca a verdade, mas não possui o significado e