A utopia
A UTOPIA
1516
Thomas Moore estudou direito e legislação em Oxford onde conheceu Erasmo.
Foi juiz, embaixador e presidente da Câmara dos Comuns. Nomeado
Grande Chanceler por Henrique
VII, renunciou o cargo quando
Henrique VIII rompeu com o catolicismo (1532), o que magoou o rei. Foi condenado a prisão e ao confisco de seus bens por recusarse à assistir a coroação de Ana
Bolena. Em 1535 foi decapitado pelo crime de alta traição. Em
1935 foi canonizado pelo pela fidelidade a igreja e pela luta pela
A UTOPIA (em grego, utopos = "em lugar nenhum“). Livro editado por Erasmo na
Basiléia (Suíça). Primeira crítica fundamentada do regime burguês e na
“tentativa teórica da edificação de uma sociedade baseada na comunidade dos bens”.¹ Análise profunda do feudalismo em decadência em forma de uma conversação intima entre tio e sobrinho, em que aborda as questões mais novas e mais difíceis.
Seu discurso forte é ora satírico e jovial, ora de uma sensibilidade comovente.
Sentia repugnância pela vida faustosa e parasitaria da corte.
Não há pois , nenhuma maneira de ser útil ao Estado nessas altas regiões. O ar que aí se respira corrompe a própria virtude. (...) se conservais vossa alma pura e incorruptível, servireis de manto às sua imoralidades e loucuras. Não há pois esperança de transformar o mal em bem. MOORE, Thomas, 1937, p.: 58
ADRIEAEM VAN OSTADE, Interior de granja, sec. XVI, Museu da Escola
Superior de Belas Artes
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MOORE, Thomas, 1937, Prefácio, p.: 8
Reino imaginário, localizado em uma lha, interpretada por alguns autores como o Estado Ideal e por outros como uma sátira a Europa do seu tempo. 1- Cidade Real: retrato fiel das injustiças e misérias da sociedade feudal. A propriedade das terras concentrada pela nobreza e pelo clero e a vassalagem eram as principais formas de opressão. Como o comércio ainda não tinha grande expansão, haviam poucas possibilidades de