A utilização de animais em pesquisas
A utilização de animais em pesquisas é um fato muito antigo que já preocupava os filósofos há muito tempo.
Pitágoras defendia a idéia de que todas as criaturas deveriam ser respeitadas, já que acreditava que a alma poder animar várias formas sucessivamente, podendo ser homem, animal ou até vegetal.
Já René Descartes declarava que os animais eram meras “máquinas” insensíveis e irracionais. Descordando de Descartes, Voltaire dizia que os animais são seres sencientes (a senciência é a capacidade que um ser tem de sentir conscientemente algo, ou seja, de ter percepções (sensações e sentimentos) conscientes sobre o que lhe acontece e o que o rodeia.).
Kant defendia um antropocentrismo débil, onde o homem tinha obrigações para com os animais. Não-humanos nunca deveriam ser sacrificados como simples meios para fins, e sim como fins para eles mesmos. É notável a idéia de que mesmo Kant não acreditava que animais não-humanos era assunto para o que ele chamava de lei moral; ele acreditava que nós temos o dever moral de mostrar compaixão porque não podemos nos embrutecer, e não pelos animais em si.
Bentham argumenta que a dor animal é tão real e moralmente relevante como a dor humana e que "talvez chegue o dia em que o restante da criação animal venha a adquirir os direitos dos quais jamais poderiam ter sido privados”. Se a habilidade da razão fosse critério, muitos Seres Humanos incluindo bebês e pessoas especiais, teriam também que serem tratados como coisas, escrevendo o famoso trecho: "A questão não é eles pensam? ou eles falam?, a questão é: eles sofrem?".
Surge a primeira sociedade protetora dos animais na Inglaterra em 1824 e foi assumida pela rainha Vitoria em 1840. A primeira lei em defesa dos animais foi criada no Reino Unido em 1876. Mais tarde em 1909 é lançada a primeira publicação sobre aspectos éticos da utilização de animais para experimentos que foi proposta nos Estados Unidos pela associação médica americana.
Em maio de 1979, foi