A técnica da Xilogravura
A xilogravura merece um local de honra na história da gravura por ser a mais antiga, a mais direta, e, em virtude da sua extrema simplicidade, é facilmente a forma mais democrática de um meio artístico que permite grande multiplicação de cópias. A madeira possui texturas que indicam sua idade e seu caráter, podem ser macias ou duras, com veios ou lisas. Os vegetais nutrem-se da terra, sol, água e ar, o que faz da madeira uma matéria viva e receptiva.
A xilogravura consiste basicamente em “um buraco” feito por instrumentos de corte oriundos da arte da marcenaria como goivas, facas, punções de aço de vários calibres aplicados na superfície do lenho preparado.
“Buracos coordenados” determinam a fluidez do desenho. Sombras formam-se onde as áreas não foram maculadas pela ação das ferramentas.
A imagem no início está mergulhada em um negro perpétuo.
Porém a luz surge justamente na ação continua de desbaste (entalhe grosso) onde os rios luminosos, percorrem a matriz como veias.
A palavra xilogra(fia), do grego xylon – madeira e graphein – escrever mais o sufixo ia é feita em madeiras de lei (umburana, jacarandá, cedro, jequitibá rosa, cumaru, ipê etc) ou cópias (compensados e MDF) derivados de sobras (pó de serrarias), com espessura de 6mm a 15mm, dependendo do grau de profundidade do desbaste.
Divide-se em gravuras de fio (sentido vertical ao crescimento do tronco) e de topo (sentido horizontal).
2. Origem
A gravura está ligada a escrita. O homem, desde seus primórdios, gravava imagens. Criou diferentes códigos a fim de registrar fatos da vida cotidiana, divulgar o conhecimento e transmitir a religião. As linguagens evoluem da representação pura aos signos. E os primeiros documentos encontrados, gravados em pedra ou tabuletas de barro, se referem a fatos históricos, códigos de conduta ou são registros de conhecimento. Altamira, Lascaux
A Suméria, atual Iraque, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, com um rico processo