a trajetória da proteção social à infância e à adolescência, no Brasil.
O presente trabalho pretende discutir a trajetória da proteção social à infância e à adolescência, no Brasil, a partir da década de 70, no contexto de transformações no campo econômico, político e social, fazendo relação com a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como a atuação do “Terceiro Setor.” O mundo tem passado nos últimos anos por grandes mudanças econômicas que têm afetado as dimensões sociais da condição humana. Isso tem se dado com mais evidência nos países capitalistas desenvolvidos a partir do final da década de 60. Desde então, o fordismo/Keynesiano, enquanto modelo de produção capitalista entra em crise, isso porque emerge um novo padrão de produção flexível, baseado no método toyotista japonês, que tem como base a flexibilização do processo produtivo, além da desregulamentação dos direitos trabalhistas e de toda forma de proteção social. (Sartor,2002).Esse modelo produtivo é regulado a partir das necessidades dos mercados consumidores. Nesse novo contexto a tecnologia é a grande aliada da indústria, permite o aumento da produtividade sem aumentar empregados, mas passa exigir deles uma maior qualificação.(Frigotto,2002).
Estamos diante de um cenário eivado por processos como o de globalização (para os franceses mundialização), da financeirização da riqueza e da reestruturação produtiva, tem denunciado Chesnais (1996). Trata-se de processos que expressam conflitos e contradições, pois se por um lado gera empregado qualificado, por outro, reproduz em massa desemprego, evidenciado nas nações mais pobres. O resultado dessa reestruturação produtiva é desemprego e mais desigualdades entre nações e entre grupos sociais, cujas maiores vitimas são as famílias mais pobres, mulheres, jovens e crianças.
Essas transformações no mundo do trabalho afetam diretamente à sociedade e por conseguinte, o papel do Estado, que passa a ser pressionado pela nova