A tragédia dos comuns
Setor de Saneamento Básico – Serviço Público de Abastecimento de Água
A Tragédia dos Comuns, chamada por Varian de “A Tragédia do Uso Comum” é um exemplo de Externalidade que pode surgir quando recursos puderem ser utilizados sem a necessidade de seu pagamento.
Pindyck e Rubinfeld tratam a Tragédia dos Comuns como o custo social dos recursos de propriedade comum. Segundo os autores, os recursos de propriedade comum são aqueles aos quais qualquer pessoa tem livre acesso, como ar e água por exemplo. Nessas situações, a tendência é que os recursos sejam utilizados em excesso.
O termo “tragédia dos comuns” refere-se ao título de um famoso artigo publicado por G. Hardin em 1968 na revista Science, onde este sugere que o livre acesso a um recurso comum faz com que ele seja tão superexplorado que todos os ganhos que poderiam ser gerados com o uso desse recurso sejam dissipados, levando à ruína o próprio recurso.
Há muito vista como um bem infinito, a água para consumo humano passou a ser vista como um bem finito. É cada vez maior a preocupação com a utilização racional do bem água.
A população urbana, em países como o Brasil, é hoje superior à população rural.
Grandes partes da população urbana habitam condomínios verticalizados, nos quais se observava, há algum tempo, a instalação de um único medidor de água para o edifício.
A sensação de um morador específico de que se consumisse mais água aquilo não afetaria tanto a todos, pois aumentaria muito pouco o valor a ser pago por cada um, fazia com que todos os moradores pensassem da mesma forma e o condomínio acabava por ter um alto consumo de água, o que futuramente poderia culminar na falta da água para todos, ocasionando a chamada “tragédia dos comuns”.
Analisando o caso descrito, segundo as teorias econômicas, cada usuário consumiria até o ponto em que a receita marginal seria igual ao custo. No entanto, a água dos condomínios residenciais era considerada por eles um