TRagedia dos comuns
2001.
Argumento: Não há solução técnica para o problema da superpopulação; somente limites à reprodução nos livrarão da tragédia dos comuns.
Construção: Primeiramente o autor elogia a posição de estudiosos ao admitir que não há solução tecnológica para alguns problemas e afirma que o problema do crescimento populacional é um deles. Analisa matematicamente a possibilidade de se concretizar o sonho do “maior número de bens para o maior número de pessoas” indefinidamente e conclui que é impossível. Daí que a população ótima só pode ser menor que a máxima. A seguir critica a mão invisível de Adam Smith, de acordo com a qual decisões tomadas individualmente por seres racionais acabam sendo as melhores para a coletividade, contrapondo-o à Tragédia dos Comuns. Nesta, a decisão individual de cada pastor de colocar mais um animal no pasto, em tempos de estabilidade social, vai criar um superpastoreio, mas ainda assim lhe é vantajosa individualmente. O pastor tem utilidade +1 (100% de ganho) quando vende um animal a mais, e tem sua utilidade de investimento no pasto muito menor que -1 (100% de investimento) já que os custos de sua sustentação são divididos por todos. Assim todos reagem, levando a coletividade à tragédia anunciada. Assim ocorre com o uso dos oceanos e dos parques e com a produção de poluição (porque o custo de tratar o dejeto antes de jogá-lo no ecossistema é maior que o de pagar impostos para que se limpe o ambiente coletivamente). O autor volta então à questão populacional, argumentando que liberdade para procriar juntamente com a crença de que todos terão o mesmo direito aos bens comuns é tragédia anunciada e que somente apelos à consciência não bastarão; será necessária coerção mutuamente pactuada e aceita.
Crítica: O autor faz um crítica altamente técnica a um problema que não tem solução técnica, como ele mesmo exalta no início do texto. Tem o mérito,