A Teoria Geral de Keynes
A procura global é constituida pela procura de bens de consumo, que é uma função relativamente estável do rendimento e pela procura de bens de investimento, que é uma função da eficácia marginal do capital, que pelo contrário é istável, dependendo das expectativas de longo prazo dos investidores relativamente aos rendimentos futuros, e da taxa de juro. Sendo o consumo uma função crescente e estável do rendimento, o estudo centrar-se-á no investimento, cuja importância na determinação do rendimento é estudada enquanto compreende-se a eficiência marginal do capital, a taxa de juro e a relação entre estes[1]. Embora Keynes considere a função de consumo estável, e como seu estudo está directamente relacionado com a poupança, iremos a estudar brevemente esta categoria e o seu relacionamento com outras.
3.1. A propensão marginal ao consumo menor que um. “O rendimento real de uma pessoa varia conforme varia a quantidade de unidades de trabalho que pode dispor”.
A Keynes interessa determinar qual é a soma dispendiada em consumo quando o emprego está a um certo nível, como se relaciona em sentido estricto o consumo com o volume de emprego[2]. Definindo a relação funcional entre Yw, um nível de rendimento dado, medido em unidades salários, Cw,, a despesa em consumo para um nível de rendimento, representa a propensão a consumir. Escrevemos: Cw = (Yw) ou C = S( Y).
As razões que impulsam os indivíduos à despesa podem ser classificados em dois classes, os factores subjectivos e os factores objectivos[3].Os principais factores objectivos que influenciam a propensão ao consumo consistem nos seguintes.1) Uma mudança na unidade salário[4]; 2) Uma mudança na diferência entre o rendimento e rendimento líquido[5]; 3) mudanças imprevistas no valor dos bens de capital, não consideradas no cálculo do rendimento líquido[6]; 4) mudanças na taxa de desconto do futuro, i.e., em relação