Keynes - teoria geral - cáps 4 a 6
Em seu livro II, Definições e Ideias, Keynes define alguns conceitos importantes para sua análise, mas os considera como uma “digressão”, que afasta do tema abordagem principal do livro, qual seja, confrontar as premissas adotadas pela escola clássica. No capítulo 4, Keynes afirma que a escolha das unidades em uma análise econômica é importante, uma vez que “alguns economistas” se confundem e chegam a resultados confusos ou sem fundamentação real. O exemplo fornecido pelo autor é a mensuração da produção líquida, que é complexa devido a dificuldade de medir a adição liquida de equipamentos ao capital, assim como contabilizar a depreciação do capital (p. 48). Contudo, Keynes acha desnecessária a preocupação excessiva com esse infortúnio, visto que os “homens de negócios” tomam decisões sem se ater a esse ponto. Voltando a sua teoria de emprego, o autor define a seguinte equação:
E = N * W, sendo E a folha de salários, N a quantidade de empregos e W a unidade de salários. Esta última, para Keynes, é relevante para se analisar a quantidade de empregos na economia e a produção corrente. Além disso, ao concordar com a tese de produtividade marginal descrescente, afirma que a depreciação do capital é mais rápida que a expansão do emprego. Logo, a melhor forma de medir a produção liquida é referenciar essa variável ao número de horas de trabalho pagas e aplicadas ao equipamento (capital), ponderando as horas pela remuneração de cada trabalhador. Por fim, alega que através das principais unidades, moeda e emprego, é possível construir a curva convencional da oferta, incluindo o custo de uso, explicado mais a frente.
No capitulo 5, Keynes trata da importância das expectativas na determinação de emprego e da produção. Segundo ele, como há defasagem entre a produção e o consumo, o produtor deve se basear nas suas expectativas econômicas para empregar um número N de trabalhadores e