A teoria do conhecimento
Quase todos os filósofos reconhecem ao menos duas formas de conhecimento: o sensível, em que predomina a atividade dos sentidos, e ointelectivo, em que predomina a atividade do intelecto.
O que os filósofos buscavam era compreender como se dá o conhecimento. Neste caminhar sugiram pelos menos seis formas de como se dá processo do conhecimento.
Platão: o mundo das ideias
Segundo Platão (428-347 a.C), para conhecer algo, para buscar a verdade, é preciso ir além das sensações imediatas. Ele dizia que é necessário co-nhecer a essência do objeto a ser conhecido, ou seja, conhecê-lo tal qual ele é. Ele escreveu que os homens estão ligados desde o nascimento a sensações primitivas. Por conta disso, vivem num estado mental permeado por “imagens” dos objetos existentes.
Na sua obra mais divulgada, República, Platão desenvolve uma série de teses sobre o conhecimento. No diálogo Teeteto, este tema é abordado a partir do protagonismo de Sócrates (como de resto na maioria dos diálogos platônicos). Nele Platão desenvolve três alternativas para a definição do conhecimento: 1) conhecimento é sensação; 2) crença-opinião verdadeira é conhecimento; 3) a opinião verdadeira justificada com a razão (episteme) é conhecimento.
Ele explica sua teoria por meio do mito da caverna, onde descreve a existência de dois mundos: o mundo das idéias e o mundo sensível. A caverna escura é nosso mundo, formado pelas sombras projetadas no fundo da caverna. O mundo das idéias é habitado pelos objetos reais, do qual o mundo sensível é mera aparência. O conhecimento sensível é enganoso. Nele habitam os preconceitos, o senso comum, as tradições. O conhecimento intelectivo (verdades absolutas), produzido pela alma, é dado pelas essências puras, os objetos reais, habitantes do mundo das ideias.
Aristóteles: a essência do objeto
Para Aristóteles (384-324 a.C), os dados iniciais do conhecimento são originários dos objetos sensíveis. Estes são captados pela