A Teoria do Carma
Em muitos escritos, Nitiren Daishonin afirma que o seu Budismo tem o poder de mudar todos os tipos de carma. Por exemplo, no Gosho “Sobre a Extensão da Vida” lê-se: “O carma também pode ser dividido em duas categorias: mutável e imutável. O arrependimento sincero erradicará inclusive o carma imutável, sem mencionar o mutável.” O sutra Fuguen, epílogo do Sutra do Lótus, também cita: “O mar de todos os obstáculos cármicos nasce das ilusões. Se deseja transformar (o seu carma), sente-se ereto e medite sobre a verdadeira entidade da vida e todas as suas ofensas desaparecerão como a geada e as gotas de orvalho desaparecem com a luz da sabedoria iluminada.” “Medite sobre a verdadeira entidade da vida” significa orar ao Gohonzon de acordo com o ensino de Daishonin.
Como o Budismo de Nitiren Daishonin consegue transformar o carma de uma pessoa?
A ideia de carma parece ter-se originado na era Upanichadic na Índia, cerca de 200 a 300 anos antes do aparecimento do Budismo. A partir daí, esse conceito tem fundamentado a maioria das principais filosofias da Índia. O Busdismo incorporou a estabelecida ideia de carma e desenvolveu muito mais. O Budismo considera a negação do carma como uma visão distorcida, os chamados ensinos falsos que negam a lei da causalidade.
A palavra sânscrita, karma, ou karman, significava, a principio, “ação”. Um comentário sobre o Kusha Ron de Vasubandhu explica que a conduta de uma pessoa é definida como carma. O Budismo identifica três categorias de ação: física, verbal e mental. Em outras palavras, a pessoa forma o carma de três maneiras: pelos pensamentos, palavras e ações. Mesmo que ela não traduza os seus pensamentos em palavras ou ações e que os outros não saibam a respeito, ela não deixa de formar algum carma através de seus pensamentos.
A sequência normal para a formação do carma é a seguinte: primeiro as intenções-tanto positivas como negativas-agem na mente da pessoa. Em seguida, as intenções originam as palavras e