A teoria da estruturação de Anthony Giddens

A Teoria da Estruturação e sua relação dialética indivíduo/sociedade em Anthony Giddens.

A Teoria da Estruturação de Anthony Giddens, que discorre sobre a ortodoxia da Teoria Social no âmbito da sociologia, tem como pretensão principal reorganizar e reavaliar as fronteiras das teorias clássicas, dando nova perspectiva a elas e introduzindo à ideia antiga de estrutura um novo aspecto relacionando a costumeira dicotomia indivíduo/sociedade e suas formas de organizações: a motivação desses indivíduos equivalendo a material analítico das Ciências Sociais.
Como exemplo, Giddens se utiliza da história da classe trabalhadora inglesa, dizendo que os atores agem intencionalmente com certo grau de liberdade de acordo com as suas metas, mas é uma ação condicionada por certos limites. Isto é, a classe trabalhadora não foi só feita pela história (pela estrutura), mas também pela ação, indo além do automatismo e de produto das consequências históricas, abarcando a estrutura social a subjetivação desses indivíduos, pois sem a convicção, sem a sua subjetividade, a classe trabalhadora não teria a emoção mobilizadora que teve nos séculos XVIII e XIX. Essa estrutura capitalista foi o meio que produziu a condição operária e, ao mesmo tempo, foi o que possibilitou a ação operária trabalhista que obteve várias reformas políticas, legislaturas modernas, etc. Sendo assim, a estrutura é o meio de ação pelo qual também é possível se dá a alteração da estrutura, indo contra o automatismo pregado pela visão marxista clássica, por exemplo.
Isso ocorre através da rotinização das práticas na vida social, onde a atividade cotidiana de atores sociais reproduz aspectos estruturais mais amplos. Essa relação é, então, uma dialética. Já que, ratificando, a estrutura é uma condição da ação e um resultado da ação. Juntando tanto as sociologias que só tratam do subjetivo como àquelas que só tratam da estrutura, afirmando ser uma relação indissociável. É como se ela fosse uma estrutura e uma