A teoria da biogeografia de ilhas
As ilhas, porções de terra menos extensas que os continentes e cercadas de águas por todos os lados, servem de palco para o espetáculo de intensas especiações por deriva genética. Em uma ilha pode ser encontrado um complexo de ecossistemas de pequena extensão espacial com número de códigos genéticos restrito, pois as trocas genéticas e ocorrência de colonização são potencialmente reduzidas. Esse isolamento favorece o processo de especiação.
A biogeografia de ilhas constitui-se em um ramo da ciência biogeográfica. A Teoria da
Biogeografia de Ilhas ou Teoria do Equilíbrio Biogeográfico Insular tem como ideia principal fundamentar a relação riqueza de espécies X área, assim basea-se em alguns pressupostos:
Comunidades insulares são mais pobres em espécies do que as comunidades continentais. A riqueza de espécies aumenta com o tamanho da ilha. Esta riqueza diminui com o aumento do isolamento da ilha, pois a probabilidade de uma espécie chegar a uma determinada ilha é inversamente proporcional à distância entre a ilha e o continente.
A probabilidade de extinção de uma espécie varia em função do tamanho da ilha.
O número de espécies em uma ilha representa um equilibro entre a taxa de colonização e a taxa de extinção.
O equilibro no número de espécies depende da extensão territorial da ilha.Então, conforme a Teoria do Equilíbrio Biogeográfico Insular, o número de espécies em uma ilha depende do equilíbrio entre as taxas de extinção e imigração, que são influenciadas pela distância da ilha ao continente.
Populações de pequena dimensão, como das ilhas são mais vulneráveis à extinção, conseqüência de competição ou de predação. À medida que o número de espécies aumenta por imigração, aumenta também a taxa de extinção, assim a raridade de cada espécie aumenta.