A teologia de Zuínglio
Assim como Lutero, Zuínglio enfatizava fortemente o princípio das Escritas, de que a Bíblia é a autoridade final para a fé e a prática cristãs e que se encontra em posição totalmente superior e todas as tradições humanas, que por ela devem ser julgadas. Existe uma pequena diferença entre as doutrinas implícitas das Escrituras sustentadas pelos reformadores alemãs e pelos suíços. Lutero sentia-
-se à vontade para reconhecer o “cânon dentro do cânon” e para relegar partes da Bíblia à condição secundária quando não “promoviam a Cristo” do modo certo.Zuínglio não reconhecia nenhum cânon dentro do cânon e se recusava a colocar uma parte das Escrituras acima de qualquer outra. Da mesma forma que Lutero, no entanto, Zuínglio enfatizava que o poder e a clareza das Escrituras provêm do Espírito Santo. A despeito do forte apelo à autoridade das Escrituras, Zuínglio também atribuiu valo positivo á filosofia de modo totalmente alheio ao método antifilosófico de Lutero na teologia.Zuínglio estava impregnado do humanismo e do pensamento grego.Tinha sido treinado em Platão, Aristóteles e no estoicismo, e um dos escritores e pensadores da antiguidade que mais lhe agradavam era Sêneca, o poeta e orador romano. Da mesma forma que a escola Alexandrina do cristianismo primitivo, Zuínglio acreditava que toda verdade é verdade de Deus e que, contanto que os filósofos gregos pensassem e falassem verdades que favorecessem a teologia cristã, deviam ser altamente respeitados e estimados.
Fundamentado-se na razão e nas Escrituras, Zuínglio chegou à mais forte doutrina do controle divino soberano, meticuloso e providencial sobre todas as coisas. Se Deus é Deus, argumentava Zuínglio, é lógico que absolutamente nenhuma coisa pode ter qualquer poder ou determinação independente. Para Zuínglio, a predestinação es doutrina bíblica e a única