A tecnologia como ferramenta de inclusão no ensino superior: dificuldades e possibilidades
“A escola, como instituição de formalização do saber, repensa, atualmente, seu papel diante da realidade do mundo. Uma das questões do atual debate curricular inclui a formação do indivíduo como parte integrante e ativa da sociedade. Esse indivíduo, hoje convive em uma sociedade repleta de informações imediatas, superficiais e rápidas, caracterizadas por um tempo de validade sempre curto, características essas que, perigosamente, podem ser transportadas para o que se entende por conhecimento”. (Carneiro, 2002:43).
No entender de Paulo Freire (1989) a sociedade passa por alguns estágios até alcançar uma mudança significativa com o desenvolvimento da consciência crítica. Para, ele quando o homem compreende sua realidade pode levantar hipóteses sobre o desafio dessa realidade e procura soluções. Assim, pode transforma-la e com seu trabalho pode criar um mundo próprio, seu eu e suas circunstâncias (Freire 1989:30) Em seu Relatório de Pesquisa, Flávia Amaral Rezende (2005), afirma que a introdução de computadores na educação catalisou mudanças nas salas de aula, porém, ainda, persistem a desorientação, as crenças errôneas e a falta de conhecimento pedagógico entre os professores para aplicar os recursos de Informática na educação formal, em especial no nível Superior. Treinamento operacional não resolveu e nem resolve a questão da mudança da prática docente com o uso das tecnologias da informação e comunicação. Formar docentes para atuar em educação a distância é a chave na implementação desta modalidade no ensino superior, principalmente que uma mudança de qualidade na aprendizagem. Requer mudanças muito mais amplas e complexas, ou seja, exige a compreensão pedagógica do processo de ensino e aprendizagem mediada, demanda o desenvolvimento de competências e habilidades especiais dos docentes e, porque não dizer, dos alunos. Em particular, a educação a distância exige que o docente saiba como transpor sua prática do real para