A Sílaba na Fonologia
Clara Simone IGNÁCIO DE MENDONÇA (PGUFSC)*
L
Introdução
A história da sílaba na teoria fonológica começa a ser escrita desde a Escola de Praga, pelos prosodicistas de Londres, passando pelo estruturalismo americano, até a moderna teoria gerativa. Inclui ainda a fonologia autosegmental e métrica, percorrendo um trajeto de crescente importância a cada década.
Nos primeiros estudos da fonologia Gerativa no Sound Pattern of English - SPE - de Chomsky & Halle (1968), a sílaba não foi profundamente abordada. As palavras eram vistas como seqüências de consoantes e vogais. Contudo, este "lapso" foi imediatamente percebido, seja por simpatizantes, seja por críticos da teoria, surgindo assim, uma série de revisões e de novos estudos sobre a sílaba, salientando sua importância na fonologia. Podem-se citar os trabalhos de Fudge 1969,
Hooper 1972 e Vennemann 1972. Porém, ainda antes do SPE, os estudos de Pike e Pike 1942 e de Hockett 1955 são considerados por Blevins
(1995), obras clássicas voltadas para a análise da sílaba.
2.
Lugar da sílaba na fonologia
Fonólogos mais atuais, como Blevins (1995), Selkirk (1982),
Goldsmith (1990), Spencer (1996), apesar de defenderem posições teóricas diferenciadas, são unânimes em conceder um espaço privilegiado para sílaba destacando-a como unidade lingiiisticamente significante que deve ter o seu lugar na teoria fonológica. Selkirk (1982), levanta três argumentos para o estudo da sílaba:
* clarasimone@terra.com.br.
22-CloraSimone#fflácioareMendança
First of all, it can be argued that the most general and explanatory statement of phonotactic constraints in a language can be made only via the syllabic structure of an utterance. Second, it can be argued that only via the syllable con one give the proper characterization of the domain of application of a wide range of rules of segmental phonology. And, third, it can be argued that an adequate treatment of suprasegmental