A substancia segundo aristoteles
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“Existência e Arte”- Revista Eletrônica do Grupo PET - Ciências Humanas, Estética e Artes da
Universidade Federal de São João Del-Rei - Ano V - Número V – janeiro a dezembro de 2010
Contudo não devemos pensar que o que foi dito pelo Estagirita nas Categorias é incoerente com relação ao que ele nos diz na Metafísica, visto que, na primeira o autor tratou apenas de nos fornecer as primeiras representações acerca da substância sensível, questão esta, que será melhor desenvolvida posteriormente na Metafísica.
Após esta breve explanação de como a substância era compreendida pelos seus predecessores, torna-se fundamental analisarmos como a substância era definida segundo o Estagirita. Segundo ele, a substância não está ligada a nada, ou seja, ela subsiste por si mesma e assim sendo ela funciona como substrato, pois,... é aquilo de que são predicadas todas as outras coisas, enquanto ele não é predicado de nenhuma outra... (ARISTÓTELES, 2002 1028b 35). Ou seja, constitui a parte essencial do ser, e se caracteriza por ser aquilo a partir do qual as outras coisas derivam. Outrossim, a substância pode ser tida como determinada visto que ela é aquilo que delimita e caracteriza as coisas, e assim sendo ela pode ser separável das coisas, assim como a matéria e a forma. É característica ainda da substância, ser a essência das coisas, ou seja, aquilo que é absolutamente necessário para que se possa compreender o Ser.
Dadas às definições da substância, passemos agora a uma análise mais detalhada do que seria então a substância compreendida como synolon, ou seja, a substância como união de matéria e forma.
Foram várias as dúvidas com relação aos escritos do Estagirita no que se refere a esta questão, e isto se deu provavelmente pelo fato de uma má interpretação de suas definições. Apesar da primeira definição nos reportar para a idéia de matéria, visto que nessa a substância é interpretada como substrato. Ou seja, como