A subjetividade dos valores
Os seres humanos são diferentes em vários aspectos, muitas de nossas opiniões morais e o peso que atribuímos a cada valor social podem variar de acordo com as experiências por nos vivenciadas e do contexto cultural em que estamos inseridos. A doutrina moral a que fomos submetidos desde a infância, as crenças religiosas a que aderimos, a atividade profissional que exercemos, a cultura em geral, tudo isso influencia o nosso pensamento e pode consistir no fiel da balança no momento em que estamos realizando um julgamento em que há valores em conflito, isto é, questões de valores não poderiam ser respondidas racionalmente, já que representariam julgamentos de valor determinado por fatores emocionais, contingenciais e de caráter meramente subjetivos, validos apenas para o sujeito que julga, e por conseguinte relativos.
Na filosofia geral, Wittgenstein é um dos principais responsáveis pela divulgação do relativismo ético. Partindo da premissa de que “acerca daquilo que não se pode falar, tem que se ficar em silencio”, concluiu ele que não pode haver proposições da ética. As proposições não podem exprimir nada do que é mais elevado, é obvio que a ética não se pode por em palavras a ética é transcendental, não pode ser objeto de filosofia ou da ciência, pois não descreve fatos, mas apenas juízos de valor. Por isso para ele quem quer que tenha a tentação de falar sobre ética esta lutando inutilmente contra os limites da linguagem.
Outro notável defensor do positivismo logico, segue uma linha de pensamento semelhante. Para Ayer, as opiniões éticas não passariam de simples expressão de emoções e, por isso, não poderiam ser consideradas como falsas ou verdadeiras. Desse modo, enunciados morais não poderiam fazer parte da filosofia ou da ciência. Um tratado estritamente filosófico ou cientifico nunca poderia sugerir proposições éticas, já que tais proposições não poderiam ser empiricamente calculadas, nem controladas pela observação, não