subjetividade

Falar da subjetividade é algo complexo ainda mais quando atrelamos esse assunto à realidade em que viemos. Antes de procurarmos entender como a subjetividade se desenvolve nos dias atuais, precisamos em um primeiro momento falar do que se trata a subjetividade.
Então o que é subjetividade?
A subjetividade nada mais é do que uma propriedade do sujeito ativo, ou seja, aquilo que torna o sujeito único, singular. E essa subjetividade é constituída com base na realidade material, na relação estabelecida entre os homens. Alguns compreendem o desenvolvimento da subjetividade como um processo natural, desvinculado das condições históricas, pautado, muitas vezes, apenas na maturação biológica, não dando conta de explicar o homem concreto, síntese das relações sociais, como a visão marxista.
Marx acreditava que a essência humana se formava pelo conjunto das relações sociais, O desenvolvimento do homem é, portanto, um processo histórico e social. O homem só se torna homem, só se humaniza, enquanto se apropria dos mediadores construídos culturalmente, dos conhecimentos construídos pela humanidade ao longo de seu desenvolvimento sócio-histórico.
Cada geração começa sua vida em um mundo constituído de significados e de objetos construídos pelas gerações anteriores e se apropria dessas objetivações por meio do trabalho. o sujeito desenvolve as características especificadamente humanas à proporção que internaliza o trabalho social, o modo de pensar e agir cristalizado na sociedade na qual está inserido.
Os indivíduos, para se humanizarem, precisam se apropriar da cultura e dos mediadores culturais criados pela humanidade. Portanto o homem só se torna homem ao apropriar-se do mundo, e a constituição da sua subjetividade caminha desse ir e vir do mundo interno para o mundo externo.
Para Vigotsky, o comportamento de um adulto culturalizado é o resultado de dois processos distintos do desenvolvimento psíquico: por um lado, é um processo biológico de evolução das espécies