a sociedade futil
(Dados estatísticos)
E.E João Paulo II
2013
Repreendido por mau comportamento, um aluno da 6.ª série do ensino fundamental de uma escola pública de Diadema jogou um vaso contra o professor, atingindo-o na cabeça. A agressão ocorreu no ano passado e foi presenciada pela mãe do estudante. O caso resultou em boletim de ocorrência registrado numa delegacia de polícia e, por causa da violência do agressor, que tinha na época 12 anos, converteu-se num dos exemplos mais citados nos estudos de órgãos públicos e fundações privadas da área educacional sobre os fatores responsáveis pelo aumento da violência escolar.
Em 2011, segundo dados do Ministério da Educação, quase 4,2 mil professores de português e matemática da 5.ª e da 9.ª séries da rede pública e privada de ensino fundamental contaram ter sido agredidos fisicamente por alunos dentro das salas de aula, nos corredores ou na saída dos colégios. O número representa 1,9% dos 225 mil docentes que responderam a um questionário anexado à última Prova Brasil. Trata-se de um exame aplicado a cada dois anos nas escolas públicas urbanas pelo Ministério da Educação.
A Prova Brasil faz parte do Sistema Nacional de Avaliação do Rendimento Escolar e seus resultados entram no cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Na Prova Brasil de 2007, 6,6 mil professores afirmaram ter sido agredidos por aluno e outros 1,9 mil testemunharam estudantes portando armas de fogo dentro das escolas. Na Prova Brasil de 2011, mais de 9 mil docentes informaram ter visto estudantes portando facas e canivetes em sala de aula. Pelas estatísticas do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), as agressões aos docentes estão crescendo cerca de 20% por semestre. Entre 2008 e 2011, a entidade recebeu 157 denúncias de agressão, roubo, vandalismo e ameaças de morte em escolas paulistas.
Além dos ferimentos físicos, as agressões geram depressão,