Os maias
Durante o jantar, o Conde, Sousa Neto e Ega discutem qual o lugar da mulher na sociedade e a sua educação. Ega diz que a mulher tem dois deveres: o primeiro de ser bela e em segundo o de ser estúpida. O Conde apoia esta afirmação, acrescentando que o lugar da mulher era a cuidar das crianças e não nas bibliotecas, mas contradiz-se ao dizer que era agradável uma senhora poder falar de literatura ou acontecimentos sociais. Neto concorda dizendo “…Uma senhora, sobretudo quando ainda é nova, deve ter algumas prendas.” Mas Ega discorda fervorosamente dizendo que uma mulher culta é uma aberração e apenas necessita de duas e só duas prendas: cozinhar e amar bem.
Razões da realização da actividade:
O jantar em casa dos Gouvarinho teve como objectivos reunir as classes mais altas da burguesia e aristocracia, os dirigentes do País e ilustrar a ignorância dos dirigentes do País.
Identificação e caracterização de cada uma das personagens intervenientes:
João da Ega
É o grande companheiro e confidente de Carlos da Maia. É o responsável pela apresentação de Carlos à sociedade lisboeta (através do jantar que organiza no Hotel Central) e tem, também, um papel fundamental na intriga principal, visto que é ele a que Guimarães entrega o cofre com a verdade. Tal como Carlos, é um dândi e um diletante, sendo, no entanto, muito mais exuberante e excêntrico. Desenvolve uma paixão avassaladora com Raquel Cohen, que termina com a sua expulsão de casa da amante, pelo seu marido.
Retrato físico: Magro, pescoço esganiçado, tinha um monóculo, bigode arrebitado, nariz adunco. Traços psicológicos: Intelectual, irreverente, revolucionário, boémio, excêntrico e exagerado, provocador, sarcástico, crítico, anarquista sem moral e sem Deus, positivista e romântico.
Conde de Gouvarinho
É ministro e par do Reino, personagem-tipo que representa o político incompetente. Casou com a filha de um comerciante rico do Porto, aliando o seu título ao dinheiro dela, pelo que é um casamento