A SOCIEDADE DA APRENDIZAGEM
A sociedade contemporânea intitula-se sociedade da aprendizagem, considerando o aparato e instrumentos de que dispõe para tal. Uma nova cultura se impõe, demandando novas atitudes, esforços de aprendizagem e investimento na produção do conhecimento.
As tecnologias da informação permitem a socialização automatizada do conhecimento, que se multiplica a cada instante, seja a partir de novas produções acadêmicas, seja na postagem via web. As informações a que se pode ter acesso hoje, a cada seis meses, praticamente, praticamente dobra de volume, produção que nossos avós levariam a vida inteira sem condições mínimas de vislumbrar, sobretudo levando-se em conta os meios disponíveis atualmente.
Esta realidade exige novas formas de alfabetização e diálogo com os mais diversos, tipos de saberes. Novas competências cognitivas precisam ser incorporadas, como habilidade essencial, sob pena de se perder o fluxo das comunicações, dos conhecimentos serem diluídos num redemoinho de modismos acadêmicos. Estudar, que é diferente de simplesmente entrar em contato com o texto, é uma postura solitária de quem entende que, ao se transformar pessoalmente, o ser humano transforma seu próprio grupo social, geograficamente circundante, e, por ressonância aquelas pessoas que não se veem. É a isso que MORIN (apud POZO, p. 3) chama de “formar cidadãos para uma sociedade aberta e democrática”. Não basta saber, é preciso que a informação possa ser utilizada estrategicamente, permitindo um redesenho da própria existência.
Ao mesmo tempo, vive-se a sociedade da incerteza intelectual, considerando que o aporte de saberes não é algo absoluto. Talvez aqui coubesse uma referência a Heráclito de Éfeso, quando se referindo ao movimento das coisas afirmou que ninguém se banha duas vezes no mesmo rio. Há