a sindrome do ninho vazio
Camila de Souza Sperandio2
Simone Isabel Jung3
RESUMO
O seguinte trabalho trata de um estudo qualitativo de caráter exploratório, que tem como objetivo investigar como pais de filho(a) único(a) experienciam a síndrome do ninho vazio.
Para este estudo, participaram quatro casais, cujo filho(a) havia saído de casa há pelo menos 3 meses e no máximo dois anos. Os instrumentos utilizados foram: ficha sócio-demográfica e entrevista. Foi possível perceber que os sentimentos que os pais mais relataram sentir, após a saída do(a) filho(a) de casa, foi o de falta, saudade e vazio. Em segundo lugar foi verbalizada a dor, angústia e sofrimento. Varias estratégias de enfrentamento foram apresentadas nas falas dos casais, porém a comum a todos os participantes foi à percepção de ganhos dos filhos com a saída de casa. A maioria dos entrevistados mudou sua rotina com a saída do filho, e realizou movimentos de aproximação. Os participantes passaram pela fase do ninho vazio de forma a não alterar significativamente sua qualidade de vida.
Palavras-chave: filho único, família, ciclo vital, síndrome do ninho vazio.
INTRODUÇÃO
A família é uma entidade composta por alguns membros, como pai, mãe, filho(s), dentre outros, sendo o primeiro ambiente em que o indivíduo vive, ou seja, é o espaço psicossocial no qual ele aprende a se conduzir nas relações com o mundo externo (MACEDO,
1994).
Na atualidade, têm ocorrido constantes transformações nas famílias, como a diminuição de seus membros e por consequência o aumento do número de casais com apenas um filho (TAVARES; FUCHS; DILIGENTI; ABREU; ROHDE; FUCHS, 2004). De acordo com Cardoso (2010), existem mais de sete milhões de casais com filho único no Brasil.
Assim, existe um número significativo de casais cujo filho único deixará a casa dos pais, em geral, no final da adolescência ou início da idade adulta, levando-os possivelmente a enfrentar a chamada