A semana de arte moderna
A Semana de Arte Moderna foi um evento ocorrido em São Paulo no ano de 1922 no período entre 11 e 18 de fevereiro no Teatro Municipal da cidade. Durante os sete dias ocorreu uma exposição modernista no Teatro e nas noites dos dias 13, 15 de fevereiro e 17 ocorreram apresentações de poesia, música e palestras sobre a modernidade.
Representou uma verdadeira renovação da linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora e na ruptura com o passado. O evento marcou época ao apresentar novas idéias e conceitos artísticos. A nova poesia através da declamação. A nova música por meio de concertos. A nova arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura. O adjetivo "novo", marcando todas estas manifestações, propunha algo a ser recebido com curiosidade ou interesse.
Participaram da Semana nomes consagrados do Modernismo brasileiro, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Heitor Villa-Lobos, Manuel Bandeira, Anita Malfatti e Menotti Del Pichia.
Origens
A Semana de Arte Moderna ocorreu em uma época cheia de turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais. As novas vanguardas estéticas surgiam e o mundo se espantava com as novas linguagens desprovidas de regras. Alvo de críticas e em parte ignorada, a Semana não foi bem entendida em sua época. A Semana de Arte Moderna se encaixa no contexto da República Velha, controlada pelas oligarquias cafeeiras e pela política do café-com-leite. O capitalismo crescia no Brasil, consolidando a República e a elite paulista, esta totalmente influenciada pelos padrões estéticos europeus mais tradicionalistas.
Os Anos Antecedentes
Alguns eventos que direta ou indiretamente motivaram a realização da Semana de 22, congregando os jovens artistas modernistas, constitui uma informação importante para o reconhecimento da forma como foi se tornando realidade.
1912 – Oswald de Andrade retorna da Europa,