A Selic e a Questão Fiscal

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A Selic e a Questão Fiscal
A taxa de juros tem sido até então o principal instrumento de política para o controle da inflação a despeito da atuação do governo no sentido de promover o corte de gastos públicos. Contudo, no final de agosto o Banco Central reduziu a taxa de juros básica da economia de 12,5% para 12%, gerando descontentamentos e críticas. Entretanto tal medida aponta para uma tentativa de retirar a sobrecarga dada à política monetária no combate inflação, deixando que a política fiscal também haja no sentido de controlar a elevação do nível de preços. O esforço empreendido naquela política consiste em minimizar a entrada de capitais voláteis no país em busca de altas taxas juros e com isso evitar a sobrevalorização da moeda nacional mantendo a indústria brasileira competitiva em relação ao comércio internacional além de proteger a economia contra desajustes indesejados no setor externo.
A questão a ser levantada diz respeito à capacidade do governo em conter o déficit orçamentário, apesar da elevação da meta de superávit primário em torno de R$ 91 bilhões em 2011, pois isso implicaria na redução de despesas de custeio como previdência social, funcionalismo e programas sociais (algo do qual o governo não abre mão de financiar), colocando em segundo plano a política de distribuição de renda, que cessará com eventuais cortes por meio de medidas como estabelecimento de idade mínima para aposentadoria e o fim de ajustes salariais e desvinculação do piso previdenciário ao salário mínimo. No entanto, a queda da Selic traz consigo um fator positivo que acarreta um menor gasto do governo com despesas relacionadas aos juros da dívida, que tem participação importante nos gastos públicos, anulando uma despesa adicional que aumentaria a demanda garantindo um resultado primário satisfatório e colocando o Banco Central como agente responsável no ajuste fiscal, além de retirar a pressão sobre a inflação possibilitando uma queda na carga tributária.
Não há razão

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