A saúde da mulher negra
A atenção integral à saúde da mulher pressupõe que os direitos sexuais e os direitos reprodutivos sejam compreendidos como direitos humanos, assim como levar em conta a diversidade e as necessidades específicas da população feminina. Portanto, é necessário que em qualquer planejamento de ações de saúde da mulher, além do enfoque de gênero, sejam incorporados também as questões relativas à raça/etnia, ou seja, o quesito cor na saúde.
Iremos destacar, neste trabalho algumas especialidades da população negra na área da saúde.
Objetivos Este trabalho tem o objetivo de expor dados sobre as doenças especifica que atingem a mulher negra e apresentar a situação dessas mulheres no Brasil.
1. Mulher Negra
Até a Constituição de 1988 a mulher era legalmente segunda categoria em relação ao homem. E a mulher negra ficava mais abaixo do que as brancas. Era pobre, negra e não sabia ler nem escrever (2).
No Brasil, sua história é marcada pela exploração sexual, violência e não permissão de exercer sua plena liberdade. Os anos passaram, mas a sua submissão existe e relega seu papel a empregos desvalorizados, altos índices de prostituição e condições precárias de saúde e educação (2).
No entanto, a luta para transformar tal realidade toma forças a partir da década de 70 com a participação das mulheres negras no movimento feminista e aparição na vida política, que antes ficava nas mãos de mulheres brancas, escolarizadas e de classe média alta (2).
A partir de 1980, cada vez mais organizadas, as mulheres conquistaram direitos significantes para sua categoria. Passaram a freqüentar discussões na Assembléia Nacional Constituinte e realizaram uma articulação que ficou conhecida como Lobby do Batom, liderada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) e conseguiram eliminar a supremacia dos homens nas questões familiares; o direito da mulher casada declarar separadamente seu