A sagrada terra especulada

“A sagrada terra especulada” – A luta contra o setor noroeste. A especulação imobiliária no Distrito Federal vem crescendo a cada dia, é o segundo metro quadrado mais caro do país, qualquer área até mesmo as cidades satélites ‘sofrem’ com tal questão, pois sempre tem os beneficiados que são os donos das construtoras e os que compram saem prejudicados, por muitas vezes pagar muito caro por uma estrutura que não foi tão bem executada em um lugar que não ofereça a prestação de serviços necessária e a falta de planejamento acaba afetando no dia a dia dos cidadãos e em sua qualidade de vida. Tal especulação imobiliária vem sendo movida não somente pela ganância, o processo capitalista pesa muito, pois a copa de 2014 será realizada no Brasil e talvez pode-se ter interesses vinculados as reformas urbanas. O setor noroeste foi projetado e planejado como um futuro plano para a moradia do DF se caso houvesse um inchamento das áreas já planejadas da cidade, houve uma distorção do documento original Brasília Revistada, em que o planejador Lúcio Costa cogita a construção do bairro ‘caso haja necessidade’ mas ‘em 2007 em um ato de legalidade duvidosa, o governo do DF vendeu a área para construtoras edificarem um novo bairro classe média alta, o chamado Setor Noroeste, ignorando completamente a reserva e a dignidade das famílias que moram na região’. Construtoras essas em que o dono é o ex - governador Jose Roberto Arruda e o ex-vice governador Paulo Otávio que na época exerciam tais cargos. Na região que faz parte do parque nacional dos Bananais, área de cerrado, uma das poucas ainda localizadas no “centro” da capital, moram seis famílias de origem indígena no “Santuário dos Pajés” que habita no local a mais de 40 anos e o longa metragem mostra justamente a vida dos índios que ali vivem, a indignação de não terem seus direitos preservados, de não serem ouvidos eles se sente realmente injustiçados, mostra também como a construção de tal setor de moradia