A Riqueza das Nações de Adam Smith
Resenha
O século XVIII foi palco das grandes revoluções burguesas de enorme importância na história da humanidade. A ela foi dada o nome de iluminismo ou filosofia da luzes, que se difundiu na França e na Inglaterra.
A principal característica do movimento, que depois se espalhou por toda Europa, era a valorização da ciência e da racionalidade como forma de eliminar a ignorância dos seres humanos acerca da natureza e da vida em sociedade colocando assim o homem no centro de tudo, agora o homem não e mais submisso ao Estado e sim este a ele.
O iluminismo manifestou-se, sobretudo no campo da filosofia, mas acabou se refletindo ainda na política, na economia, na arte e na literatura. Influenciou também o pensamento econômico, dominado na época pelos princípios mercantilistas, caracterizados pela intervenção do Estado na economia por meio de monopólio, proibições e regulamentos.
A partir do século XVIII, com o fortalecimento da produção fabril na Inglaterra e posteriormente em outros países na Europa, começaram a ganhar forças teóricas que pregavam a liberdade econômica e a firmação de livre mercado. Os teóricos afirmavam que a intervenção do Estado limitava o desenvolvimento das atividades econômicas.
Os primeiros economistas a defender essas ideias foram os fisiocratas. Seu principal representante na França foi François Quesnay, para quem a agricultura constituía a principal fonte geradora de riqueza. Outro fisiocrata de destaque foi Vicente de Gournay, que consagrou o lema “laissez faire, laissez passer“ (deixe fazer, deixe passar), que se transformaria num dos princípios fundamentais do liberalismo econômico.
As ideias dos fisiocratas acabaram influenciando o escocês Adam Smith, fundador do liberalismo econômico, que publicou, em 1776, o livro Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações. Nessa obra, Smith