A riqueza das nações, adam smith.
Viver em sociedade pressupõe disponibilidade para o intercâmbio que, por razões que lhe são imanentes, conduziu o homem, enquanto espécie considerado, à divisão do trabalho. Tal princípio ocorre tão naturalmente como a aprendizagem da língua. Ao nível da economia, a divisão do trabalho é a grande causa do aumento da capacidade produtiva e ocorre primordialmente em momentos de estabilidade social, evoluindo tendencialmente para novas subdivisões, como elos de uma corrente que se acrescentam, sem se excluírem. Adam Smith começa por se referir às artes insignificantes, que na sua óptica são aquelas que suprem as necessidades de grupos reduzidos. Exemplifica com a produção de alfinetes, em que o número de trabalhadores é baixo, o que considera ser consequência da especialização do trabalho. Neste tipo de produção assiste-se à execução, pelo mesmo sujeito, de duas ou três tarefas distintas, não correspondendo por isso à divisão do trabalho strictu sensu, implicando de qualquer forma um já apreciável aumento de produtividade. A estes ofícios menores, assim considerados sob um ponto de vista economicista, em virtude do escasso mercado a que correspondem, opõem-se as grandes industrias que visam satisfazer necessidades em larga escala, para as quais existe um vasto mercado a preencher.Nestas, o processo produtivo exige um número maior de indivíduos, sendo que, nestes casos a divisão do trabalho é maior, apesar da sua menor visibilidade, devida à superior dispersão dos trabalhadores, que pela sua quantidade não caberiam numa só oficina.
O que se verifica, é que em ambos os casos a divisão do trabalho, seja em que grau for, acarreta sempre um aumento dos poderes produtivos do trabalho. Este princípio é característico das sociedades mais ricas e opulentas em termos económicos. Adam Smith aponta igualmente, diferenças práticas do referido princípio, conforme se aplique à