A Revolução Social na Revolução Industrial
Especialista em Direito Processual Civil – UNITAU
Professor do Centro Universitário Anhanguera – Unidade Pindamonhangaba-SP e-mail: ramosmello@aasp.org.br
A Revolução Social na Revolução Industrial
Resumo A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no final do século XVIII, provocou violentas transformações na estrutura social da época, alterando, assim, não só o modo de produção econômico, como também o modus vivendi, que caracteriza a Revolução Social. Tais mudanças no seio da sociedade, ocorridas em razão do ingente desenvolvimento dos centros urbanos (ocorrência do êxodo rural), altera o dia-a-dia das famílias européias. Com o surgimento da classe proletariada, advém os reflexos de relacionamento com os donos do capital (industriais): exploração da mão de obra infantil, concorrência da mulher na produção, desemprego urbano, violência, alcoolismo e prostituição, fome e miséria, classe sindical e greves, surgimento dos novos ricos industriais e fabricação de novos produtos de consumo, surgimento de bairros industriais e nova divisão de classe social.
Palavras Chave: Revolução Industrial; Revolução Social; industrialização.
INTRODUÇÃO
A Revolução Industrial, objeto do presente trabalho, é tema hodiernamente presente nas fileiras acadêmicas e nas discussões sociais travadas pelos intelectuais das ciências humanas. Por certo, a industrialização da Inglaterra, no final do século XVIII, “é o complemento direto da Revolução Inglesa do século XVII, que cria as condições básicas para a eclosão do maquinismo no final do século XVIII, consolidando a idéia de Revolução Inglesa como célula-mãe da Era das Revoluções Burguesas, por destravar as forças produtivas rumo à Revolução Industrial”1. Após a crise do sistema feudal, um novo modo de produção faz-se na Europa: o capitalismo2. Remontando o curto período que compreende da subida de Jorge II, até a de seu filho Guilherme IV, o aspecto da